Domingo, 9 de Novembro de 2008

A cavar a própria sepultura

Sei que caminho para um precipício, mas não tenho coragem de inverter a marcha. Apetece-me correr o risco, mesmo antevendo as consequências. Não estou apaixonada. Claro que não estou. Não posso estar. Quero estar, gosto de estar, mas não posso, não devo, não posso, não dá. Uma loucura absoluta. Sinto-me a perder o controlo da situação. Olho para mim e de repente não me reconheço: Ciúmes. Saudade. Medo.  Penso em por um fim a tudo, antes que seja tarde. Mas olho para os meus dias, e antevejo-os longos e amargos sem a expectativa de todas as coisas que temos para viver...antes do fim, a que inevitavelmente estamos destinados.


disparado por Luna às 19:04
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Quinta-feira, 4 de Setembro de 2008

Vidas embargadas

Tenho a  minha vida pessoal embargada. Vivo, de momento, em função do embargo de duas outras vidas a que a vida uniu a minha.

Duas pessoas que amo. A vida encarregou-se de lhes unir as vidas e agora, à guisa de birra, decide que a felicidade de uma implica a infelicidade da outra.

Amo os dois. Quero ver os dois felizes.

 

 

E fico angustiada. Aquela sensação de dejà vue...

 

disparado por Luna às 19:07
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Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008

Vale a pena pensar nisso...

A revista Sábado desta semana traz uma entrevista que vou recortar e guardar na caixinha das "coisas minhas". É uma caixinha catita onde guardo religiosamente as coisas que me significam - desde os bilhetinhos trocados furtivamente nas salas de aula à guisa de flirt, a bilhetes de cinema, facturas de livros, fotografias ou bugigangas foleiras. Acho que se se fizesse uma colagem de todos os itens que aí constam o resultado seria uma composição artística (provavelmente dentro do estilo Dada) que representaria aquilo que eu sou - uma tradução de mim, portanto.

Mas divago.

Dizia eu que me vidrei numa entrevista ao psicoterapeuta Flávio Gikovate. Nas palavras dele encontrei a minha postura face às relações com o sexo oposto. Nas suas palavras encontrei a explicação para o problema que diagnostiquei aqui.

 

Permito-me reproduzir aqui algumas passagens:

"Hoje a individualidade é tão preciosa que ninguém quer (e não deve) abrir mão dela para viver com alguém".

Gikovate não falava de egoísmo, mas de individualidade: o cultivo da relação com o próprio. Trata-se de viver bem consigo mesmo, não esperar que o bem-estar venha de fora. Uma individualidade bem resolvida é, segundo o especialista, e eu concordo em absoluto (muito embora ciente de que a minha concordância nada acrescenta à validade da teoria), condição sine qua non ao sucesso de qualquer relação.

Porquê?

"As boas relações afectivas são parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem".

 

E apenas para rematar esta minha recomendação de leitura, que não dispensa nem compensa a versão integral:

"... é muito perigoso depender de "terceiros" para ser feliz. Quando um dos dois percebe que não encontrará no outro aquilo que procura, a separação é inevitavél, porque no amor [como é tradicionalmente vivído] responsabilizamos o outro pelo nosso bem-estar, mesmo sabendo que essa é uma luta individual".

 

E aqui estará provavelmente a explicação para o meu problema...

 

disparado por Luna às 22:41
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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008

Será?

Comentava com um amigo a minha dificuldade crónica em aguentar relações estáveis e duradouras. Não sei, talvez seja trauma, síndrome ou pancada... a verdade é que quando uma relação começa a ficar demasiado séria, começo a sentir-me sufocada, sufocada, sufocada... parece que a relação deixa de fazer sentido, parece que deixo de sentir prazer em estar com a outra pessoa e tudo o o outro diz ou faz figura-se-me como uma tentativa de controlo.

 

Dá-me entao esse amigo a explicação que até agora mais me contentou, embora não corresponda a uma visão cor-de-rosa da coisa:

"A verdade - diz-me ele - é que algumas pessoas têm muito para nos dar e outras pouco. E a tendência é sugar tudo o que nos interessa do outro e depois cansamo-nos porque precisamos de mais. Ou, noutros casos, tornamo-nos o outro e cansamos nós".

 

 

 

disparado por Luna às 12:33
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Quinta-feira, 17 de Julho de 2008

Se a tua intenção era abalar-me...

Abalaste.

Perguntei-te com as letras todas: há outra pessoa?

Respondeste por meias palavras.

E eu li nas entrelinhas.

Não te senti a resposta segura: não sei se foi para não me magoar, ou se a ideia era mesmo mexer comigo. Se era, foi bem jogada.

música: Sigur Rós
disparado por Luna às 23:59
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Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

Amor em tempo de guerra

Nas minhas incursões pela web descubro coisas muito interessantes. Como este livro, em parte disponível para consulta online: "Your death would be mine". Trata-se de uma compilação da correspondência trocada pelos recém-casados Paul e Marie Pireaud, cujo destino sofreu um súbito revés com a erupção da I Guerra Mundial e a partida do jovem Paul para a guerra.

 

Estou, admito, particularmente sensível às questões amorosas, mas acho que ninguém fica indiferente a estas palavras, atendendo ao contexto que as motivou:

"Once I am home there will be nothing but happiness for us because after having suffered so much it is only right that the hapiness that awaits us should be perfect and like you I hope that nothing will ever separate or divide us again but death"

 

disparado por Luna às 22:42
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Terça-feira, 8 de Julho de 2008

Ressaca

Tenho andado ausente.

Ausente em todos os sentidos.

Ausente de mim até.

Sinto a falta dele.

E sinto também a minha falta, porque já não sou mais eu.

Sinto ainda mais a sua indiferença. Sei que é forçada, mas fere-me.

Não estava bem com ele. Sufocada.

Mas não estou bem sem ele. Sozinha. Perdida. Desorientada.

 

Grrrrrr.... Onde estou 'eu'?

 

 

 

disparado por Luna às 21:34
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Terça-feira, 24 de Junho de 2008

(en)FIM

Já não é novidade que a minha vida anda atribulada... a todos os níveis.

Ou então não. Se calhar sou eu que dramatizo e generalizo os insucessos de um campo a todos os outros campos. Ou então, é tudo cansaço... talvez seja... E se assim for, depois das férias volto ao "eu habitual".

Mas não. Esse "eu" a que me refiro não voltará. Será um outro eu, parecido ao anterior, mas não esse. Porque 'ele' já não está lá...

É curioso como as pessoas aparecem, assim por  coincidência, e vão ficando, ficando, até que um dia já não nos sabemos definir sem essa outra pessoa.

Aconteceu comigo. Quatro anos de namoro! Quatro anos! Quatro anos de tanta coisa - quase tudo coisas boas. Mas o tempo é implacável e as boas recordações não sustentam uma relação que se esgotou em si mesma.

Acabou.

Não estou bem com ele, isso é certo... mas também não estou bem sem ele.

 

:
música: Your Waltz - Rita RedShoes
disparado por Luna às 14:21
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