À quantidade de pin's, passwords e códigos de acesso que tenho que decorar para gerir a minha vida, qualquer dia ...
Hoje tive uma clarividência da Sua existência. Ou uma clarividência da Sua existância em mim.
O dia acordou (acordei) cinzento (quero voltar a fechar os olhos). Pedi com fervor (tanto quanto pude) que o meu dia fosse mais suportável. E efectivamente foi.
E ele contribui para as pinceladas a cor deste dia. Será que ele é Ele?
"Yesterday is history.
Tomorrow is a mystery.
Today is a gift. That's why it's called the present."
Não me perguntem quem o disse. Também não o sei. Sei que era um iluminado: como sempre a verdade está nas coisas simples.
Tinha um sonho profissional: trilhei um caminho para lá chegar. E agora tudo se torna questionável, tudo.
As coisas não são como as sonhamos.
Se o desânimo tivesse níveis, o meu seria underground :S
Foi um tiro no escuro...um tiro ao lado, parece-me.
Um trabalho McCann Erickson
Mas nem por isso estou feliz.
Ainda vou sentir falta das quase 3 horas diárias de viagem.
Custava levantar tão cedo, sabendo que podia chegar tão tarde.
Mas sabia bem aquela aceleração matinal para não perder o comboio. Fazia-me sentir viva!
E depois, já dentro do comboio, o primeiro, e dentro do seguinte, o que apanhava 25 minutos depois, como era bom sentar-me do lado direito e ver como o pequeno riacho crescia, crescia, crescia, até se transformar em rio; e ver como o comboio lhe seguia os contornos, como fazem as mãos reticentes do homem inexperiente que toca a mulher pela primeira vez; e ver o rio fumegar, anunciando a chegada de um sol que se fazia esperar.
E mesmo no flanco esquerdo, quando no direito não havia lugar a jeito, voltar as costas à janela e observar por detrás dos óculos escuros os exageros de maquilhagem das meninas quasi-mulheres; e, atrás dos mesmos óculos, ocultar a secreta satisfação de sentir os olhares masculinos estudar-me a fisionomia; e tirar dicas de leitura a partir dos títulos que se passeiam em outras mãos; e ler; e ouvir música; e dormitar.......e começar o dia já com um universo de experiências em cache.
Mas vai saber-me bem dormir mais um pouco. E deixar de ver umas imensas olheiras no espelho do elevador.
"(...) sabia uma coisa - que os deuses não gostam dos planos dos homens e não gostam do sucesso, a menos que tenha acontecido por acaso. Sabia que os deuses se vingavam de um homem se ele alcançasse o sucesso através dos seus próprios esforços. (...) Tinha medo dos planos, mas, tendo feito um, jamais o poderia destruir. E para enfrentar o ataque, já estava a fabricar uma dura couraça que o protegesse contra o mundo. Os seus olhos e o seu espírito sondavam o perigo antes que ele surgisse"
Steinbeck, J. (1973) (2007), A Pérola, Lisboa: Livros do Brasil, p. 40
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