Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008

Vale a pena pensar nisso...

A revista Sábado desta semana traz uma entrevista que vou recortar e guardar na caixinha das "coisas minhas". É uma caixinha catita onde guardo religiosamente as coisas que me significam - desde os bilhetinhos trocados furtivamente nas salas de aula à guisa de flirt, a bilhetes de cinema, facturas de livros, fotografias ou bugigangas foleiras. Acho que se se fizesse uma colagem de todos os itens que aí constam o resultado seria uma composição artística (provavelmente dentro do estilo Dada) que representaria aquilo que eu sou - uma tradução de mim, portanto.

Mas divago.

Dizia eu que me vidrei numa entrevista ao psicoterapeuta Flávio Gikovate. Nas palavras dele encontrei a minha postura face às relações com o sexo oposto. Nas suas palavras encontrei a explicação para o problema que diagnostiquei aqui.

 

Permito-me reproduzir aqui algumas passagens:

"Hoje a individualidade é tão preciosa que ninguém quer (e não deve) abrir mão dela para viver com alguém".

Gikovate não falava de egoísmo, mas de individualidade: o cultivo da relação com o próprio. Trata-se de viver bem consigo mesmo, não esperar que o bem-estar venha de fora. Uma individualidade bem resolvida é, segundo o especialista, e eu concordo em absoluto (muito embora ciente de que a minha concordância nada acrescenta à validade da teoria), condição sine qua non ao sucesso de qualquer relação.

Porquê?

"As boas relações afectivas são parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem".

 

E apenas para rematar esta minha recomendação de leitura, que não dispensa nem compensa a versão integral:

"... é muito perigoso depender de "terceiros" para ser feliz. Quando um dos dois percebe que não encontrará no outro aquilo que procura, a separação é inevitavél, porque no amor [como é tradicionalmente vivído] responsabilizamos o outro pelo nosso bem-estar, mesmo sabendo que essa é uma luta individual".

 

E aqui estará provavelmente a explicação para o meu problema...

 

disparado por Luna às 22:41
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Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008

Workaholic

 

"Quando for grande,não quero ser médico, engenheiro ou professor.

Não quero trabalhar, de manhã à noite, seja no que for.

Quero brincar, de manhã à noite, seja com o que for.

Quando for grande, quero ser brincador."

 

Álvaro Magalhães in O Brincador

 

disparado por Luna às 21:18
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Será?

Comentava com um amigo a minha dificuldade crónica em aguentar relações estáveis e duradouras. Não sei, talvez seja trauma, síndrome ou pancada... a verdade é que quando uma relação começa a ficar demasiado séria, começo a sentir-me sufocada, sufocada, sufocada... parece que a relação deixa de fazer sentido, parece que deixo de sentir prazer em estar com a outra pessoa e tudo o o outro diz ou faz figura-se-me como uma tentativa de controlo.

 

Dá-me entao esse amigo a explicação que até agora mais me contentou, embora não corresponda a uma visão cor-de-rosa da coisa:

"A verdade - diz-me ele - é que algumas pessoas têm muito para nos dar e outras pouco. E a tendência é sugar tudo o que nos interessa do outro e depois cansamo-nos porque precisamos de mais. Ou, noutros casos, tornamo-nos o outro e cansamos nós".

 

 

 

disparado por Luna às 12:33
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Domingo, 17 de Agosto de 2008

Novo vício

 

 Por aqui...

 

 

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disparado por Luna às 13:12
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Sexta-feira, 15 de Agosto de 2008

Fragmentos

 

"Seria mesmo um animal, se a música o comovia àquele ponto?"

 

Kafka, F., A Metamorfose

 

disparado por Luna às 20:49
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Domingo, 10 de Agosto de 2008

Consciência de chumbo

À falta de melhor programa para um sábado à noite, decidi rever "Blood Diamond" (rever não será bem o termo, dado que da primeira vez não o vi até ao fim...).
O filme em si dispensa comentários: todos os elogios que ousasse tecer pecariam por defeito.
Mas a entrevista com Edward Zwick activou-me o alarme ético-moral. Falando sobre o fundamento da história, dizia o realizador que as nossas acções vulgares têm implicações na vida de milhares de pessoas: acções triviais como simplesmente usar um cartão bancário. Senti a minha cabecinha a piscar luzinhas vermelhas, sinalizando a culpa por que respondo por via de compras como os ténis Nike em que me viciei, ou mesmo as camisolinhas Zara que ostentam um vergonhoso "made in China", "made in Bangladesh", "made in India".

Duplo crime: a aquisição em si, porque o produto é 'sujo'; mas mais grave, o entorpecimento da consciência - porque é tão mais cómodo fazer de conta que não sabemos de nada.

disparado por Luna às 10:54
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Segunda-feira, 4 de Agosto de 2008

...

Gosto de estrangeiros.

Sério. Gosto mesmo.

 

Também não desgosto das estrangeiras, vá.


 

disparado por Luna às 21:33
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Domingo, 3 de Agosto de 2008

Metamorphosis

 

 

(...)

But I'm not the girl you once put your faith in
Just someone who looks like me

(...)

 

Humpty Dumpty, by Aimee Mann

disparado por Luna às 22:37
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