Não sou propriamente uma pessoa supersticiosa. Na verdade, até sou bastante céptica.
Mas há alturas em que as coincidências são de tal modo impressionantes, que mais parecem grãos de milho que Alguém deixa no nosso caminho para não nos perdermos.
Mas depois tenho medo que atrás de mim caminhe, sorrateiro, um passarinho malvado....
"Em declarações à agência Lusa, Manuel Pinho sublinhou "o grande investimento" realizado pela Microsoft em Portugal, de cerca de dezenas de milhões de euros, destacando "o grande reconhecimento da capacidade inovadora de Portugal" e da iniciativa do Plano Tecnológico."
in Visão online a propósito da aquisição da Mobicomp pela Microsoft
Só uma questão: 'cerca de dezenas de milhões de euros' é muito ou é pouco? Em números, é quanto?
Parece-me que houve aqui um certo pudor em admitir que o valor final da operação ainda não foi acertado ou que ainda não é público ou... que a Visão não conseguiu apurá-lo.
Mas isso sou eu, que tenho a mania das teorias da conspiração.
A RTP, repito, a RTP prestou hoje serviço público na edição nocturna do noticiário quando empregou dinheiro público na cobertura de uma questão de inegável interesse nacional:
"Cristiano Ronaldo descansa do Europeu, de férias com a namorada".
E como se não bastasse:
"Um assunto a desenvolver depois do intervalo".
Nah-nah...
Se pensam que vou contar os meus, desenganem-se...
Também não teria grandes mistérios para partilhar.
Lá está: dei-me conta de que quase ninguém tem um segredo realmente secreto. Há quase sempre alguém a quem confessamos o inconfessável... ou então alguém que nos 'descobre o rabo'... Quase sempre...
O episódio de despedida da Vanessa foi, no mínimo, curiso.
Estava eu, descontraída, acabada de acordar, shortzinho, camisolinha justa, sem soutien, os relevos todos em evidência, quando me entra porta adentro uma comitiva pronta a carregar as malas (as muitas malas) da Vanessa.
Assim que dou de caras com um macho, fiquei de todas as cores do arco-íris. Ainda pensei em sair dali, mas achei que não era de bom tom abandonar a Vanessa naquele momento. Afinal, nunca mais a vou ver. Por isso, encolhi-me o mais que pude, e deixei-me estar, enquanto contava baixinho os segundos...
Não bastasse isso, apercebo-me que entre a comitiva figurava uma fêmea que sentiu o seu território ameaçado pela minha presença. Se o olhar matasse, eu estaria fulminada, com toda a certeza.
O macho percebeu o constrangimento e ofereceu-se de imediato para levar as malas ao carro - uma forma delicada de abandonar o cenário, por perceber que estava a mais ali.
Assim que saiu ainda balbuciei um "desculpem, não sabia que a Vanessa viria acompanhada". Em resposta, a fêmea enciumada esboçou um sorriso forçado, amarelo como as folhas de Outono quando apodrecem no chão...
Parece que esta semana estou condenada a ver partir quem gosto.
Hoje foi a Vanessa.
Partilhámos o mesmo espaço durante um ano. Não gosto de partilhar o meu espaço com ninguém. Sou egoísta nesse aspecto, admito. Preciso muito da minha privacidade, do meu cantinho, do meu espaço. Mas com a Vanessa foi diferente: primeiro aquele desconforto, inevitável quando um intruso penetra no nosso território; mas depois aprendi a gostar da presença dela. E gostava mesmo!
Para ti Vanessa, toda a sorte do mundo.
Vou ter saudades do teu 'bom dia' com sotaque açoriano.
Já não é novidade que a minha vida anda atribulada... a todos os níveis.
Ou então não. Se calhar sou eu que dramatizo e generalizo os insucessos de um campo a todos os outros campos. Ou então, é tudo cansaço... talvez seja... E se assim for, depois das férias volto ao "eu habitual".
Mas não. Esse "eu" a que me refiro não voltará. Será um outro eu, parecido ao anterior, mas não esse. Porque 'ele' já não está lá...
É curioso como as pessoas aparecem, assim por coincidência, e vão ficando, ficando, até que um dia já não nos sabemos definir sem essa outra pessoa.
Aconteceu comigo. Quatro anos de namoro! Quatro anos! Quatro anos de tanta coisa - quase tudo coisas boas. Mas o tempo é implacável e as boas recordações não sustentam uma relação que se esgotou em si mesma.
Acabou.
Não estou bem com ele, isso é certo... mas também não estou bem sem ele.
'O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
(...)
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...'
(Álvaro de Campos)
«Uma certeza absoluta: o futebol português é o nosso melhor produto de exportação»
Carlos Daniel, director-adjunto da RTPN, in 'Diário Económico'
Há neste videoclip qualquer coisa de perturbador...
All is full of love: Björk
Agora que vivo em união de facto com uma centopeia, decidi investir algum tempo na aprendizagem do meu parceiro de cama.
Ao vasculhar a sua vida, descobri que afinal o que se diz sobre ele mais não é do que um boato: não, a "minha" centopeia não tem 100 patas.
Segundo a erudição da wikipedia,"quilópodes ou centípedes ou centopéias apresentam entre 15 e 191 pares de pernas.O número de pares é sempre ímpar e por isso nenhum tem exatamente 100".
Prossigo a investigação: a fase da descoberta é deveras estimulante:
"... os quilópodes podem pinçar com suas pernas anais, fazer autotomia das pernas..."
Pinçar com pernas anais?
Fazer autotomia das pernas?
É oficial: esta relação nunca há-de cair em monotonia...
Só tenho que me cuidar, não vá aparecer por aí uma oferecida com mais meia dúzia de pernas que eu...
Quando uma menina, solteira, boa moça, de boas famílias e costumes nobres, entra no seu quarto depois de um dia tenso e vê uma simpática centopeia a passear-se pela sua cama, qual a reacção esperada?
a) reacção ambientalista: sacode a criatura da cama e leva-a à rua, mas viva!
b) reacção comum: sacode a criatura da cama e, depois de uma perseguição desenfreada, chacina-a com requintes de malvadez, por ter usurpado a sacralidade do leito.
c) reacção histérica: grita desalmadamente, chama a vizinhança toda e recusa-se a dormir de novo naquela cama.
d) reacção psicopatológica: depois de perseguir sem sucesso a criatura, dorme com tampões nos ouvidos para garantir que o bichinho não se vai passear pelos recantos obscuros que esse orgão oferece.
É que parecendo que não, 100 patas a roçar-me a pele lá por dentro deve dar cá uma comichão!
Quanto a mim, virem a público anunciar a descida de 0,05 cent./litro é gozar com a minha cara...
Com receio de que me furtassem a antena do rádio, andava sem ela.
Tenho uns textinhos simpáticos (ironia) para ler e sobre os quais reflectir: pós-humano, pós-orgânico, bla bla bla. Fukuyama e outros que tais.
A paronímia levou-me lugares não previstos nesse exercício de reflexão: o pós-orgásmico.
Esse sim, é um assunto sobre que me apraz reflectir.
Gosto de orgasmos, mas não menos do pós.
Gosto daquela cumplicidade que se respira quando o ar está impregnado de odores corporais; gosto de agarrar a tua camisa amarrotada e tapar-me a nudez envergonhada. E de ficar a ouvir-te contar peripécias que me são alheias. E de te ouvir dizer que faço covinhas quando sorrio... E de fechar os olhos e deixar-me dormir. E de não saber se foi mesmo ou não.
Quando o Rodrigo toca, ele não toca apenas, ele toca-me. Aflora-me a psique e manipula-me o corpo a seu bel-prazer.
Na sua presença, sou amante, escrava, meretriz. Uma, duas, três...as vezes que que ele quiser. Enquanto ele (me) tocar, existem mil em mim.
Depois volto à minha existência miseravelmente convencional.
«O recurso aos famosos é uma forma fácil de fazer publicidade e pode trazer riscos para a marca» João Roque, director criativo da Leo Burnett, in 'Diário Económico'
Não é inédito, mas é sensato o aviso.
Veja-se o caso da Dior, agora a braços com os danos que os comentários de Sharon Stone podem inflingir à imagem da marca.
Em Portugal, o endorsement também está em alta. Bem típico dos portugas. É que dá mais trabalho produzir um bom anúncio e até um bom produto do que pegar numa carinha laroca. Mas o que é demais enjoa...até mesmo as carinhas larocas.
A Fátima Lopes, por exemplo, (a apresentadora) já nem se sabe muito bem se come iogurtes com bifidus-activo, se vende seguros de saúde, ou se está preocupada com as rugas. Qualquer dia o consumidor pensa que é o iogurte que reduz os vincos na pele e o seguro de saúde que ajuda a regular o trânsito intestinal.
Hoje a Nina foi minha convidada especial.
Passámos a tarde juntas.
E ela soube dizer melhor do que eu como me sinto.
Conhecia o cover de Michael Bublé. Mas o original é sempre o original....
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