Tomar decisões é para mim uma tarefa inglória. Sinto-me tolhida pelo receio do porvir. Não que até hoje as decisões passadas me tenham pregado partidas, mas lá diz o ditado que 'quem tem cu tem medo'...
Mas ao ler
este post, fiquei a pensar na pertinácia irracional com que conduzimos as vidas. Num determinado ponto da nossa vida, talhamos mnentalmente um percurso que teimamos em seguir ainda que todos os ventos soprem em sentido contrário. Às vezes, todas as evidências são poucas... E cismados nesse(s) projecto(s) permanentemente diferido(s), porque é sabido que a satisfação absoluta anda sempre um passo à frente e nunca se deixa apanhar, deixamos escapar tantas oportunidades, algumas mesmo ali, à mão de semear.
E com isto já perdi o fio à meada. Dizia eu que ao ler
o tal post, pensei que a maioria de nós padece de um mesmo mal: o fatalismo. Caramba! As decisões não têm que ser irreversíveis e irreparáveis (pelo menos, a maioria delas...). Na vida, só há uma via de sentido único: a que nos leva infalivelmente até a morte. Tudo o resto é uma questão de perspectiva...
Ou pelo menos, assim espero que seja.
De sunshine a 30 de Abril de 2008 às 11:20
Sabes Luna, por muito que pense assim, porque penso , ou me tento de tal convencer, o aplicar na práctica é outra coisa. O receio de que as decisões tomadas impliquem a vida de outros que nos são queridos, de pensar que possam ser uma forma de egoismo, de não querer pensar que se é o responsável por algo que outros não entendem, porque não vêm. A vida é complicada e eu devo ser a pessoa mais complicada que existe, penso demais e sinto de menos, depois dá em angústias longas, isto sem querer ser dramática, que não o pretendo.
Beijinhos para ti!
De
Luna a 30 de Abril de 2008 às 16:58
Mas eu também me debato com todos esses dilemas. Mas quando me distancio e olho para as coisas do lado de fora, percebo que aquilo que quero que seja não é necessariamente aquilo que tem que ser... Mas quando volto para dentro do casulo tudo muda de perspectiva.. :S
Beijinho
De
Isa a 2 de Maio de 2008 às 00:46
Hoje dei-me conta de como as ditas mudanças e os falados caminhos incertos ultrapassam (e bem) o meu "casulo"...
Vi-lhe nos olhos, senti-lhe na voz...
Compreendo-te cada vez mais e cada vez mais sinto deste lado os receios desse!
Haja assobio e sigamos em frente ;)
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